segunda-feira, 14 de março de 2011

Meditação da Mulher - Mal Posso Esperar 14/03/011

14 de março segunda


Mal Posso Esperar


Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por Ti, ó Deus, suspira a minha alma. Salmo 42:1

Após semanas de furiosas chuvaradas, a terra secou e as árvores começaram a florescer. Num cálido entardecer, após o trabalho, peguei as ferramentas de jardinagem. O dia de trabalho havia sido estressante, e eu queria movimentar os músculos ao ar livre. Uma grossa camada de folhas havia servido para proteger da geada o canteiro de flores junto à entrada da garagem. Uma variedade de ervas daninhas surgia entre a densa camada de vegetação de carvalhos e bordos, mas agora era o tempo de preparar o solo para a sementeira. Eu imaginava canteiros transbordantes de flores margeando o lado da casa.

Tordos, cardeais e um azulão faziam fundo musical para meus esforços, enquanto eu passava o ancinho e ensacava uma pilha sempre crescente. Logo desenvolvi um ritmo que quase me isolou das tranquilas cercanias. De repente, algo me chamou a atenção na extremidade da calçadinha. Um nervoso tordo de peito vermelho correu para a frente e depois recuou, mas chegava cada vez mais perto. Continuei trabalhando, porém observei, curiosa, a estranha dança do passarinho. Por que estaria essa criaturinha, normalmente tímida, disposta a avançar? E por que estaria um tordo maior participando dessa ansiosa investigação?

As aves viram o que eu passara por alto. A cada punhado de folhas que eu juntava, ficava exposta a terra escura e fresca, bem como o pequeno espaço que havia sido o habitat de uma camada de insetos rastejantes. Aquelas avezinhas ficaram tão ansiosas, que ignoraram seu temor inato de seres humanos. Vieram para perto de mim, no canteiro, alimentando-se a uma pequena distância. Estavam famintas. Estavam ansiosas. Não compartilhavam meu sonho de um futuro canteiro de flores, mas de um canteiro cheio de alimento.

Quando me retirei para dentro de casa, mais pássaros se juntaram aos dois audaciosos aventureiros. Dentro de minutos, os insetos descobriram novos lugares onde se esconder e a escuridão mandou as aves para os ninhos. À luz do luar, ergui os olhos para o Céu e orei para que eu sentisse fome de passar tempo com meu Senhor, assim como aqueles passarinhos sentiram atração pelo meu canteiro de flores.

Que gemas você buscaria no canteiro de flores do seu Pai?

Shirley Kimbrough Grear

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