sexta-feira, 3 de junho de 2011

Meditaçao da Mulher de 01 a 30 de Junho

1º de junho quarta


Tempos de Universidade


Sendo o menino já grande, ela o trouxe à filha de Faraó, da qual passou ele a ser filho. Êxodo 2:10. Havendo-o desmamado, levou-o consigo [...] e o apresentou à Casa do Senhor, a Siló. Era o menino ainda muito criança. 1 Samuel 1:24

Minha filha completou 18 anos e se formou no ensino médio. A universidade surgia no horizonte. Comecei a pensar que ela deixaria o lar por semanas – meses, na verdade – e devo admitir que, toda vez que pensava nisso, as lágrimas de alguma forma entravam na equação.
Mandar para longe de casa a minha filha de quase 19 anos era simplesmente impensável aos meus olhos e também ao coração. Jéssica, entretanto, parecia entusiasmada com a ideia. Havíamos decidido deixar que ela fosse para uma universidade a 1.135 quilômetros de casa. Logo veio a hora de levá-la. Em vez de tirar férias em família naquele ano, nossas férias foram levá-la à universidade. Eu pensava nisso e chorava em silêncio, não permitindo que ela me visse chorar. A viagem foi divertida, só nós cinco, e Jéssica parecia vibrar com a ideia de ser independente, viver por conta própria e morar no dormitório feminino. Assim, chegou o domingo, dia em que devíamos retornar. Foi então que Jéssica percebeu que ficaria só, completamente só, e também chorou no momento da nossa partida.

– Como podemos deixá-la? – chorei diante do meu marido.

– Ela está nas mãos de Deus – respondeu ele.

Foi então que me lembrei das mães na Bíblia, as mães que entregaram seus filhos. Pensei em Joquebede, que passou pouco tempo com seu filho, Moisés, e precisou vê-lo ir para o palácio com 12 anos de idade. Tenho certeza de que ela chorou e orou como eu. Doze... pensei. Pelo menos, tive Jessica comigo sete anos mais que isso. E o que dizer de Ana? Ana era estéril e clamou a Deus para que lhe desse um filho. Ele ouviu seu clamor e lhe deu Samuel, um maravilhoso menininho, que ela entregou em tenra idade a Eli, o sacerdote, a fim de que o criasse. Acho que fui abençoada, pois fiquei com minha filha até a idade adulta. Ainda não me sentia preparada para a separação. Mas, com a bênção de Deus, entreguei-a a Ele. Aquele que acalmou o mar saberia acalmar meu triste coração e dar-me paz. Ainda sinto a falta dela todos os dias, mas oro diariamente para que Deus, seu Protetor, a guie em todos os caminhos.

Charlotte Robinson




2 de junho quinta


O Sacrifício


Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna. João 3:16

Eu estava apaixonada e me casaria. Senti que Deus nos havia unido e não precisava pensar em nada mais. Ou precisava? Eu conhecia as palavras do voto matrimonial, mas não pensava muito profundamente no seu real significado. Não havia parado para pensar sobre o que eu poderia sacrificar por esse homem, ou se eu daria minha vida por ele. Alguém pensa nessas coisas antes do casamento?

Em novembro de 1993, quando me casei com James, não tinha ideia de que, um dia, a decisão que eu tomasse acabaria por determinar se ele viveria ou morreria. Ele era aparentemente um cristão. Tanto quanto eu sabia, ele tinha apenas um problema com a visão do olho direito, e não tinha mais o apêndice. Eu não tinha razão para acreditar que aproximadamente 10 anos depois ele sofreria falência dos rins, e que nenhum de seus irmãos teria saúde suficiente nem disposição para ceder-lhe um dos rins. Alguns disseram a James que Deus lhe dera a companheira certa, porque não sabiam se teriam tomado a decisão que tomei. Eu amava o Senhor e acreditava que Ele sabia o que era melhor para mim; portanto, como teria tomado outra decisão? Prometi amar meu esposo, não importando o que acontecesse. Não deveria amá-lo o suficiente para dar-lhe um rim, se pudesse? Jesus deu tudo para salvar-me; então por que eu teria problema para fazer esse pequeno sacrifício que salvaria meu esposo?

Sem hesitação, tomei a decisão de dar a James um dos meus rins. Desde então, as pessoas têm perguntado se tive medo, e posso honestamente dizer que não senti o mínimo temor. Acreditava, de todo o coração, que Deus tinha pleno conhecimento de que aquele dia chegaria. Assim como Ele colocou Ester no lugar certo, no tempo certo para salvar seu povo, Ele também me colocou ao lado desse homem justamente para um tempo como esse.

Quão profundo é o seu amor e o que você está disposta a sacrificar em nome do amor? Deus nos amou tanto que sacrificou a vida do Seu único Filho para dar-nos a oportunidade da vida eterna.

Querido Deus, Tu fizeste o sacrifício definitivo porque amaste. Ajuda-me a aprender a amar tão profunda e completamente como Tu amas.

Theodora V. Sanders




3 de junho sexta


Sem Murmuração


Ainda que demore, espere-a; porque ela certamente virá e não se atrasará. Habacuque 2:3, NVI

Tenho orado e esperado que Deus me abençoe com boa saúde, um emprego e saúde para minha filha. Mas tem havido muitos problemas, embora o Senhor me sustente através do auxílio dos membros da minha igreja.

Nossa filha, Marian, ficou muito doente e precisou passar por duas cirurgias, mas ainda lutava contra a enfermidade apesar das orações e de tudo o que os médicos podiam fazer. Meu esposo me animava a perseverar e aguardar no Senhor, com esperança e confiança.

Por quanto tempo oraríamos e esperaríamos? Éramos tão pecadores, a ponto de nossas orações não serem reconhecidas por Deus? Não, Ele não age dessa maneira. Uma voz suave me dizia que Ele nos ama a todos, como Sua Palavra afirma.

A Bíblia conta a respeito de pessoas da antiguidade, e isso me encoraja. Penso no homem paralítico junto ao tanque de Betesda, que ali esteve por 38 anos! Que dizer acerca da mulher que sofreu com hemorragia por 12 anos? Depois, a idosa Sara – pode uma mulher dar à luz aos 99 anos? Também me lembrei de que Noé precisou trabalhar, pregar e aguardar por 120 anos. A pobre Raquel precisou esperar sete anos para casar-se com o homem a quem amava, e teve que aguardar longo tempo antes de ter José e Benjamim. E o que dizer do povo de Israel? Viveu em escravidão, no Egito, por 400 anos.

Isso significa que eles não oraram? Certamente oraram! Mas por que tiveram todos que lutar por tanto tempo? Isso eu não sei dizer. Mas o que sei é que Deus os amou a todos, e Ele ama minha filha e a mim também. Assim, no Seu tempo indicado, Ele curará a Marian e a mim, e me abençoará com um emprego no magistério. Tudo o que precisamos fazer é perseverar mansamente e não murmurar – sabendo que Deus está no controle.

Dessa maneira, digo-lhe, você também deve perseverar com esperança e sem murmuração. Não temos esperado nem a metade do que essas pessoas no tempo antigo. Lembre-se: elas lutaram, tiveram esperança e aguardaram. E foram abençoadas.

Pai, agradeço sinceramente porque me abençoas com a vida após cinco anos de luta contra o câncer. Por favor, cuida de nossa Marian e, se for da Tua vontade, cura-a completamente para a Tua glória.

Mabel Kwei



4 de junho sábado


Concedendo Permissão


Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que Lho pedirem? Lucas 11:13

Temi que meu velho computador não sobrevivesse à viagem de um lado do país para o outro. Foi então que meu atencioso filho californiano adquiriu um computador iMac novo para mim, com um monitor de 20 polegadas. Fiquei encantada! Sabendo que eu não estava familiarizada com um Macintosh, ele teve a consideração de mandá-lo para meu filho em Maryland, a fim de que ele instalasse o software de que eu precisaria – e outras coisas. Depois, eles o equiparam a fim de que, à distância, pudessem me ajudar na transição para o sistema Mac. Depois de providenciarem tudo, mandaram-no para minha nova residência, em Tennessee.

Eu não sabia exatamente como tudo funcionaria, até que um dia liguei para meu filho e lhe pedi que me ajudasse a resolver um problema. Ele foi ao seu computador e, de repente, abriu-se uma janela no meu monitor, perguntando se eu queria dar-lhe permissão para acessar meu computador. Cliquei no “Sim” e, a seguir, o cursor começou a mover-se magicamente pela tela, como quem sabe o que está fazendo. Abriu janelas, clicou em programas, ajustou falhas e resolveu todos os meus problemas. Fiquei espantada diante dessa nova tecnologia à distância, e me senti especialmente agradecida pela consideração dos meus dois filhos.

Tudo isso me fez lembrar da mente computadorizada que o Céu planejou e que Deus nos deu, equipando-nos com talentos variados – simplesmente porque nos ama. Todavia, em nossa humanidade, frequentemente deixamos de fazer escolhas sábias. As perplexidades confirmam que precisamos de ajuda, e ajoelhados pedimos a guia divina. Dizemos “Sim” ao Espírito Santo e Lhe damos permissão para nos dirigir a vida como Ele sabe ser melhor. Às vezes, Ele resolve nosso problema de modo aparentemente miraculoso. Com mais frequência, Ele nos impressiona com Sua vontade e nos permite tomar a decisão final. Certamente, é um processo de aprendizado. Conceder permissão é a parte que nos toca. Veremos que nossa vida será mais produtiva e enriquecida por essa experiência. Basta deixarmos que Deus assuma o controle.

Lorraine Hudgins-Hirsch



5 de junho domingo


A Caixa das Promessas


Se sois de Cristo, também sois [...] herdeiros segundo a promessa. Gálatas 3:29

Ela sempre esteve lá – a Caixa das Promessas Bíblicas – sobre a penteadeira do quarto dos meus pais. Minha mãe acha que eles a compraram numa reunião campal da igreja, no fim da década de 1940. Quando éramos crianças, usávamos a minúscula pinça para puxar uma promessa e lê-la para o restante da família. A caixinha redonda, coberta com um tecido de cetim rosa pálido, era a coisa mais linda que eu já tinha visto.

Cresci, casei-me e saí da casa da família. Ao longo dos anos, meus pais fizeram algumas mudanças; porém, onde quer que tivessem morado, lá, sobre a penteadeira, exatamente no mesmo lugar, estava a Caixa das Promessas. Com o passar do tempo, a pequenina pinça se perdeu, o rosa da tampa desbotou, mas as promessas de Deus permaneceram as mesmas: “Porque Eu, o Senhor, não mudo” (Malaquias 3:6). Meu pai já faleceu e minha mãe está numa casa de repouso – e a preciosa Caixinha das Promessas continua sobre sua penteadeira.

No fim de 2005, após muita oração e diálogo, meu esposo e eu colocamos nossa casa à venda para mudar-nos para o campo. Dentro de bem pouco tempo, apareceram compradores muito interessados e preparados para pagar um excelente preço por nossa casa. Mas então perguntaram se a data do acerto financeiro podia ser adiada por uma semana. Respondemos que sim, naturalmente; contudo, quando a semana terminou e chegou o dia do acerto no escritório do nosso advogado, pediram mais uma semana. Isso ocorreu mais duas vezes, e comecei a pensar que a venda da casa não se realizaria. Simplesmente não iria acontecer!

Terças e quintas-feiras eram os dias de visita à minha mãe, e na quinta-feira seguinte fui a Bethesda depois do trabalho. Após cumprimentar mamãe, que estava tomando a refeição da noite, fui ao seu quarto para buscar-lhe um casaquinho. Lá, hesitei, olhando para a Caixa das Promessas. “E a minha casa, Senhor?” murmurei, enquanto retirava uma promessa. As lágrimas transbordaram quando li Mateus 19:26: “Para Deus tudo é possível.”

Chegando à minha casa algumas horas depois, meu esposo me contou que a venda da casa se tornara definitiva naquela mesma tarde. Nosso advogado recebera o dinheiro, e tudo estava certo. Nada é impossível para Deus!

Leonie Donald



6 de junho segunda


Mãos Ruidosas


Saireis com alegria e em paz sereis guiados; os montes e os outeiros romperão em cânticos diante de vós, e todas as árvores do campo baterão palmas. Isaías 55:12

Não é incomum que eu me encontre num evento e as pessoas olhem na minha direção quando bato palmas. Eu não entendia, e levou algum tempo para descobrir por que olhavam para mim. A resposta? Por estranho que pareça, tenho um singular talento de aplaudir em alto volume. O estranho é que não sou de estatura grande, e tenho mãos pequenas. O que é ainda mais estranho para mim é que não falo em voz alta.

Ao reconhecer esse talento incomum, também notei o impacto que ele exerce sobre os outros. Se estou num evento que homenageia alguém, levanto-me e começo a aplaudir, e todos se põem em pé e fazem a mesma coisa. Preciso tomar cuidado com os meus atos. Há ocasiões em que considero algo digno de aplauso e começo a bater palmas. Logo descubro que ninguém mais pensa como eu, e meu altissonante aplauso se torna inoportuno.

Lembro-me de quando estávamos ensinando nossas filhas a usar o penico. Elas gostavam muito quando meu esposo e eu aplaudíamos, depois de o haverem usado com sucesso. Certa vez, passei pelo banheiro e ouvi uma das nossas filhas batendo palmas. Quando espiei para dentro, eu a vi sentada sobre o vaso sanitário, batendo palmas e dizendo para si mesma: “Bom serviço!”

Embora a maior parte das minhas experiências com aplauso tenha sido positiva, houve ocasiões em que não foi assim. Há momentos em que aplaudo e meu marido diz, enquanto tapa os ouvidos: “Por que você bate palmas com tanta força?” Minha filha mais nova, Rachel, disse: “Mamãe, existe algo de errado com as suas mãos; elas machucam meus ouvidos.” Preciso me perguntar, naturalmente, quantas outras pessoas se sentem da mesma forma.

Como acontece com qualquer talento, pode haver um ponto positivo e um negativo. Minhas mãos são um exemplo de nosso serviço ao Senhor. Ao servir a Deus, espero usar minhas mãos para guiar, encorajar e motivar. Não quero que meus aplausos sejam ofensivos, incômodos nem que causem distração. Que eu erga as mãos para o Céu em Tua honra, e bata palmas com júbilo.

Mary M. J. Wagoner-Angelin




7 de junho terça


As Palavras Certas


Palavras agradáveis são como favo de mel: doces para a alma e medicina para o corpo. Provérbios 16:24

Aquele seria o último dia da Semana de Oração Jovem e, como tal, seria um dia movimentado. Novos membros seriam oficialmente acrescentados aos clubes de Desbravadores e Aventureiros. Sabíamos que nossa caçula, Cassandra, com 5 anos de idade, seria porta-bandeira durante a cerimônia de entrada das bandeiras. Durante o culto, tivemos uma pequena surpresa. Nossa filha mais velha, Lillian, de 10 anos, estava incumbida de contar a história para as crianças, mas nós não sabíamos. Quando chegou a hora da história das crianças, Lillian se levantou, foi à frente do santuário e leu a história das crianças como se tivesse sido uma contadora de histórias a vida toda! Quando terminou de “contar” a história, perguntou se alguém gostaria de orar, e Cassandra levantou a mão. Ela fez uma oração simples mas bonita, que tocou muitos corações.

Aproveitamos toda oportunidade para elogiar nossas filhas. Portanto, no caminho de volta da igreja para casa, como é nosso costume, elogiamos nossas filhas não só por terem demonstrado um bom desempenho, mas também por usarem seus talentos para Deus. Primeiro, elogiei Cassandra e lhe disse que meu coração sempre se sente tocado ao ouvi-la orar. Depois, disse a Lillian quão satisfeita me sentia com sua escolha da história e com a sua atuação. Sem querer ficar de fora, Cassandra acrescentou: “É mesmo, Lillian, você se saiu melhor do que eu imaginava!”

De coração, sei que Cassandra estava elogiando a irmã. Embora tivesse sido divertido, vindo de uma criança de 5 anos, e pelo fato de que Lillian, aos 10 anos, não entendeu as palavras como um adulto entenderia, o comentário de Cassandra me fez pensar: Com que frequência faço um elogio pela contramão? Quantas vezes fiz uma declaração, julgando ser positiva, só para descobrir que ela causou dor? Com que frequência provoco desânimo, em vez de encorajar – mesmo que não tenha essa intenção? Quantas vezes reclamo? Vejo o negativo, quando aquilo que a pessoa precisava era que eu encontrasse algo positivo e enobrecedor? Preciso responder “sim” mais vezes do que gostaria de admitir.

Senhor, não permitas que seja esse o caso. Ajuda-me a encontrar palavas doces para a alma.

Tamara Marquez de Smith




8 de junho quarta


Duas Orações


Antes que clamem, Eu responderei; estando eles ainda falando, Eu os ouvirei. Isaías 65:24

Nasci no lar de um pastor cristão. Bem pequenina ainda, fui ensinada acerca de Jesus e Deus. Aprendi a amar a Jesus e acreditava que Ele podia ajudar-me. Apreciava os momentos que passava junto de meu pai em seu escritório. Ele preparava seus sermões de modo audível, para meu benefício. Mostrava-me figuras de Jesus na cruz, com a coroa de espinhos na cabeça. Eu via o sangue gotejando. Meu coração infantil era tocado.

Um dia, quando eu tinha entre 6 e 7 anos de idade, peguei agulha e linha para tentar costurar. Bem, minha mãe sempre dizia: “Não se sentem na cama para costurar.” Sem me lembrar, ou sem prestar atenção às palavras dela, sentei-me na cama para costurar. Quando terminei, deixei a agulha sobre a cama. Quando me preparei para enfiar outro fio na agulha, ela havia desaparecido – não consegui encontrá-la em lugar nenhum.

O medo tomou conta de mim. Eu seria repreendida. Alguém poderia sentar-se ali e ser espetado. Enquanto meu trauma aumentava, lembrei-me de Jesus. Ele pode ajudar, pensei. Ajoelhando-me, orei fervorosamente. “Querido Jesus, por favor, perdoa-me por ter desobedecido à mamãe. Por favor, ajuda-me a encontrar a agulha. Amém!” Uma oração sincera, breve, ao ponto. Abrindo os olhos, vi a minúscula pecinha de aço sobre os lençóis. Fechei os olhos de novo e sussurrei: “Muito obrigada, Jesus”. Minha fé pessoal em Jesus fora selada, até o dia de hoje. Entendi, então, que Jesus é real.

Os anos passaram voando. Cresci, amadureci, confiando e orando sempre. Minha fé em Jesus também cresceu. Quando adulta, uma dor forte e misteriosa surgiu no meu braço direito, desde o ombro, descendo pelo meio do braço, antebraço e mão, até a ponta do dedo médio. A intensidade da dor afugentava o sono e debilitava todo o meu organismo. A perda constante de sono me deixou quase inútil para as atividades cotidianas.

Decidi tentar o Dr. Jesus. Ao orar, agradeci-Lhe a dor e pedi que me desse força para suportá-la e aprender a lição que Ele procurava ensinar. Fiz a mesma oração por três noites. Na quarta noite, a dor se foi. Isso aconteceu há 17 anos. Nunca mais a senti outra vez.

Querido Deus, ajuda-nos a confiar sempre a Ti os nossos problemas.

Joyce O´Garro




9 de junho quinta


Cálice Transbordante


Preparas um banquete para mim à vista dos meus inimigos. Tu me honras, ungindo a minha cabeça com óleo e fazendo transbordar o meu cálice. Salmo 23:5, NVI

Um dos maiores desafios que já enfrentei foi quando meu chefe me deu uma atribuição que incluía recrutar 500 pessoas para um programa de estudos bíblicos da igreja, o qual tinha apenas 15 pessoas inscritas até aquele momento. Eu tinha acabado de me formar na universidade, em Camarões, e voltado para servir meu país natal, Maurício, uma ilha no sul do Oceano Índico. Considerei que eu era uma pessoa de sorte, por ter a oportunidade de servir como pastora aspirante e diretora do curso bíblico por correspondência. Esse era um grande desafio para uma moça de 23 anos, especialmente por ser eu a mais jovem no ministério, e a única mulher.

Não fiquei chocada por ter que conseguir 500 alunos, até que soube do número de inscritos na ocasião. Minha primeira reação foi: “Pastor, como pode ser possível? Ninguém fez isso antes; então, como vou eu fazer? Não passo de uma jovenzinha.” Mas, depois, eu me recompus e concordei com o presidente quanto ao assustador número de 500. Suponho que ele tenha sido realista ao pensar nesse número tão alto. Ele havia estado no ministério por longo tempo, e deve ter pensado que nada era impossível.

Quando voltei para casa naquela noite, meu primeiro pedido em oração foi: “Senhor, o pastor quer 500 novos alunos, mas, aqui entre nós, eu quero 1.000. Tu és Deus, e eu sou Tua serva. Mostra-me que podes fazer isso para Tua glória. Amém!”

Da época em que comecei a trabalhar, em janeiro, até junho, fui abençoada por trabalhar com maravilhosos membros das igrejas. Organizamos uma semana especial, quando cada membro da igreja foi solicitado a inscrever 25 pessoas. Naturalmente, alguns não aceitaram o desafio. Mas, no fim daquela semana, havíamos matriculado 450 pessoas. E ainda era junho! Tínhamos seis meses pela frente para alcançar o alvo.

Em outubro, fizemos outra promoção, trabalhando bastante e orando ainda mais. Na última semana, havíamos matriculado 1.040 pessoas. Amém!

Sim, quando penso em meu pedido a Deus, fico muito triste. Eu devia ter pedido mais. Pedi 1.000 e Ele me deu mais 40. Quando Deus dá, nosso cálice transborda. Louvado seja Ele pela bênção!

Natacha Moorooven



10 de junho sexta


Graça


Pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus. Efésios 2:8

Quando eu era menina, e morava na cidadezinha de Latty, Ohio, ia ocasionalmente à Igreja Batista, que ficava perto da nossa casa. A igreja era pequena, mas os membros se reuniam fielmente todos os domingos para o culto. A maioria dos membros tinha relação de parentesco, por consanguinidade ou casamento, o que tornava o companheirismo entre os membros extremamente íntimo, e incluía minha família estendida. Não havia nada de pompa nos cultos, mas os hinos sempre me tocavam o íntimo, por causa da serena e reverente apresentação. Embora eu tivesse sido criada como católica, e estivesse acostumada com hinos em latim, aqueles cânticos evangélicos antigos passaram a fazer parte da minha vida.

A cidade de Latty guardava o melhor e o pior das experiências de vida para mim. Foi lá que senti o ódio escancarado contra mim como afro-americana, por parte da minha professora da quarta série. Depois, encontrei o mais bondoso professor, Roy Jenkins, na quinta série, o qual contradisse aquele preconceito. Era em Latty que participávamos das reuniões da minha família materna com alegria e risos. Mas também foi em Latty que minha família passou por pobreza, alcoolismo e violência conjugal. Olhando para trás, posso dizer que foram os hinos que ouvi naquela igrejinha que perpetuaram em mim a esperança. Mas foram necessários anos para entender que tudo se relacionara com a graça de Deus a me envolver, graça que Ele dá como um dom a cada um de nós.

Hoje me veio à lembrança um hino daquela velha igreja do meu passado, e ele trouxe lágrimas aos meus olhos. Minhas lágrimas não foram de tristeza por lembranças antigas, mas de admiração diante de um Deus amoroso. O coro diz, simplesmente: “Graça, graça, fonte de paz que Jesus me deu; graça, graça, graça maior que o pecado meu.” Meu coração se dilatou enquanto eu pensava em quão bom é o meu Deus. Pensei em todos os momentos tumultuados da minha vida; todas as ocasiões em que duvidei, tropecei e temi; todos os tempos em que fui desobediente e fracassei. Contudo, Sua graça me cobriu como um presente, envolto delicadamente por Suas próprias mãos divinas! Que amor insondável! Que Deus grandioso! Não quer você hoje, comigo, louvá-Lo por Sua infinita graça?

Evelyn Greenwade Boltwood




11 de junho sábado


Perdidos


Este Meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. E começaram a regozijar-se. Lucas 15:24

Minha cachorra, Minnie, era muito graciosa e ativa, e me seguia por onde quer que eu fosse. Como era muito pequenina, nós nunca a acorrentamos. Ela saía conosco, mas não sabia voltar para casa, de modo que sempre a conservávamos do lado de dentro do portão.

Um dia, alguém foi visitar-nos, o portão ficou aberto e Minnie saiu. Alguém a pegou e prendeu dentro de casa. Procuramos Minnie por toda parte, mas não a encontramos. Todos os dias, orávamos por ela. Um dia, alguém viu Minnie com uma mulher e me contou, então saí para procurá-la. Quando a vi, chamei: “Minnie!” Imediatamente, ela correu em minha direção e a peguei no colo. Ficamos muito felizes por ter Deus respondido às nossas orações.

Certa vez, meu filho de 4 anos de idade se perdeu. Ele havia feito uma longa viagem de trem para Hyderabad comigo e, ao chegarmos à estação, contratamos um riquixá para irmos para casa, e ele gostou muito do passeio. Mais tarde, nós o matriculamos numa escola para a qual alguém precisava levá-lo todos os dias e depois trazê-lo de volta para casa. Um dia, quando a pessoa que devia trazê-lo para casa se atrasou, meu filho viu outras crianças irem para casa de riquixá. De repente, ele foi junto com o grupo e sentou-se no riquixá. Depois que o condutor deixou os outros meninos em casa, meu filho ficou só, desfrutando o passeio. O condutor perguntou: – Onde fica a sua casa?

– Muito longe – respondeu meu filho. Agora o homem ficou preocupado e, como meu filho estava usando o uniforme da escola, ele decidiu levá-lo de volta à escola. Enquanto isso, quando a pessoa responsável por trazer meu filho para casa chegou sem ele, todos ficamos preocupados, e saímos em diferentes direções para procurá-lo. Quando cheguei à escola, ali estava ele – mas não queria sair do riquixá, e o condutor me relatou a história. Sentimo-nos aliviados e felizes porque encontramos meu filho.

Quando nos perdemos neste mundo, Deus deve Se sentir como nós naquela situação. O mundo está cheio de tentações para atrair-nos para longe do nosso lar e de Deus. É fácil perder-nos. Mas quando nos arrependemos e retornamos, abandonando todas as atrações mundanas, Deus Se regozija.

Winifred Devaraj



12 de junho domingo


Desculpas no Dia dos Namorados


Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. 1 João 1:9

O Dia dos Namorados chegou seis semanas após o nosso casamento. Eu tinha expectativas sobre aquele primeiro evento. Fui à loja e tive uma ideia sobre um cartão que eu mesma poderia fazer. Desse modo, achei que o dinheiro que meu esposo gastasse num cartão para mim não pesaria tanto no orçamento.

Meu esposo queria me dar um grande ramalhete e um presente caro, mas sabia que não tínhamos tanto dinheiro e pôs o desejo de lado. Depois do expediente, ele pediu que seu amigo o deixasse perto de casa; então, pulou a cerca que margeava a rodovia. Ansiosa, porém inocentemente, subiu correndo os degraus até nosso apartamento para ver-me o quanto antes. Quando lhe dei o cartão e percebi que ele não tinha trazido um para mim, subi as paredes.

Nos anos seguintes, quando chegava o Dia dos Namorados, meu esposo me dava presentes especiais. Mas, todos os anos, ele também mencionava sua omissão naquele primeiro acontecimento. E quando contava a história a outras pessoas, sempre dizia: “E ela nunca me perdoou.” Isso me intrigava, porque eu me esquecia da história até que ele a trouxesse à tona outra vez, no ano seguinte. Parecia que havíamos trocado os papéis – ele se lembrando, e eu me esquecendo.

Num ano, o Dia dos Namorados caiu no dia em que geralmente vou ao escritório do meu marido para a reunião da equipe. Os funcionários disseram que ele lhes contara acerca do nosso primeiro Dia dos Namorados, e que acrescentara: “Ela nunca me perdoou.” Mais uma vez, foi uma surpresa, pois eu me havia esquecido de novo. Então, contei aos funcionários a minha versão: eu passei aquele dia todo em casa, enquanto ele trabalhava, e quando ele chegou sem um cartão para mim, fui insensata ao reagir de modo imaturo e cruel.

De repente, olhei para meu marido sentado ao meu lado e disse: “Acho que você não me perdoou.” Agora tudo fazia sentido. Não era ele quem precisava ser perdoado – era eu.

Pedi perdão e lhe disse que a maneira de eu saber que ele me havia perdoado era se ele nunca mais mencionasse o episódio.

Neste ano ele não tocou no assunto, e gostei muito do ursinho de pelúcia que ele me trouxe com amor.

Lana Fletcher



13 de junho segunda


Removendo a Deterioração


Aspergirei água pura sobre vocês e ficarão puros; Eu os purificarei de todas as suas impurezas e de todos os seus ídolos. Ezequiel 36:25, NVI

Meu país, o Brasil, é muito quente em alguns lugares, incluindo a cidade em que moro, no interior do estado de São Paulo. Ela é conhecida como “Morada do Sol”.

Abrir as janelas e convidar o Sol a entrar é algo que realmente me alegra. Assim, fico satisfeita quando minha casa recebe bastante luz solar. Trabalhando entusiasticamente na cozinha, certa manhã, comecei a sentir um odor desagradável. Não havia lixo na cozinha, e então abri a geladeira. Talvez alguma coisa tenha estragado, pensei. Mas não encontrei nada e o mau cheiro continuava. O Sol parecia piorá-lo.

Por fim, encontrei o problema. Embora ainda não fossem 10 horas, notei que o Sol quente brilhava pela janela e incidia num cesto onde guardo as batatas e cebolas. Quando levantei o cesto, descobri a causa do odor. Ali, no fundo, onde o olho não alcançava, estava escondida uma batata podre. Olhando a parte superior do cesto, todas as batatas pareciam perfeitas!

Se o Sol não houvesse invadido a cozinha e brilhado sobre o cesto, talvez eu não tivesse podido lidar com o problema, e o odor desagradável teria persistido. Quem sabe, eu continuaria procurando nos lugares errados!

Muitas vezes, vivemos como aquelas batatas. Aparentemente, tudo está bem; mas, no fundo do coração e da mente, estamos apodrecendo com pensamentos impuros, pecados ocultos, ressentimento, inveja, desejo de vingança e outras coisas que só o Sol da Justiça pode alcançar.

Quando oferecemos louvor a Deus, só Ele conhece o verdadeiro aroma que procede do nosso coração! Só Ele pode retirar aquela batata estragada que arruína nossa vida e nos desencaminha. Ele sabe tudo e tudo vê. Conhece até nossos pensamentos secretos. Permitamos que Deus remova seja o que for que possa estar estragado em nós. Escolhamos exalar uma fragrância maravilhosa, que agrade aos que nos rodeiam.

Ó Senhor, lava meu coração e minha mente. Remove tudo o que esteja impuro e apodrecido.

Marinês Aparecida da Silva Oliveira




14 de junho terça


Irresistível Para Mim


Onde se reunirem dois ou três em Meu nome, ali Eu estou no meio deles. Mateus 18:20, NVI

Numa recente conversa com amigos, meu esposo disse que conhecia uma pesssoa que não sobreviveria sem um grupo de oração. Ele disse isso enquanto sorria e olhava para mim. Cheguei à conclusão de que isso é verdade – eu realmente gosto de grupos de oração. Aprecio, porém, grupos experimentais, nos quais testamos novas técnicas de oração.

Os grupos de oração passaram a me interessar quando li o livro What Happens When Women Pray [O Que Acontece Quando as Mulheres Oram], escrito por Evelyn Christenson. A autora narra sua experiência com a criação de grupos de oração entre mulheres. Todavia, só foi alguns anos mais tarde que finalmente comecei a pôr em prática as ideias contidas no livro.

Minha irmã e eu iniciamos um grupo de oração com duas amigas da nossa igreja. Experimentamos algumas ideias extraídas do livro, e cada reunião se tornava um prazer. Depois, mudamos a localização do grupo, mas não desistimos dos grupos de oração. Participávamos de vários grupos – alguns eram excelentes; outros, médios. Aprendemos bastante com cada grupo que fundávamos. Nos grupos de mulheres, aprendemos a confiar em nossas companheiras de oração; aprendemos que podíamos colocá-las em ação para uma oração urgente. Nós nos sentíamos amadas e apoiadas.

Nem tudo é perfeito. Às vezes, há conflitos e mal-entendidos que precisam ser resolvidos. Como participantes, somos muito diferentes umas das outras. Mas, quando me ajoelho para orar com minha amiga do grupo, percebo a união que somente Cristo traz.

Nosso grupo atual conserva uma dinâmica vibrante e eficiente. Se há uma necessidade urgente, telefonamos para aquela do grupo que estiver encarregada de transmitir o pedido aos outros membros. Ficamos sempre ansiosas por nos reunir e contar ao grupo como Deus respondeu. Também observei que prestamos mais atenção às necessidades espirituais das pessoas que nos são próximas.

Eu gostaria de incentivá-la a participar de um grupo de oração – ou mesmo criar seu grupo. Ao dirigir grupos de oração, notei que eu era a que mais ganhava, porque é incomparável o senso de trabalhar com Deus para diminuir o sofrimento humano.

Iani Dias Lauer-Leite



15 de junho quarta


Nunca Sabemos!


Como são preciosos para mim os Teus pensamentos, ó Deus! Como é grande a soma deles! Se eu os contasse, seriam mais do que os grãos de areia. Salmo 139:17, 18, NVI

Ana e eu não éramos exatamente íntimas. Ela era mais velha, de outra cultura, e muito sistemática e reservada em sua conduta. Eu a conheci principalmente nos últimos anos – os amargos anos em que ela perdeu o emprego e se afastou dos amigos. Certa vez, terrivelmente aflita, ela perguntou ao meu esposo se ele podia “mexer os pauzinhos” para ajudá-la a conseguir seu emprego de volta ou receber a aposentadoria. A instituição para a qual ela trabalhava havia perdido seus registros de trabalho, e isso estava retendo sua pensão. Ed disse que não tinha tanta influência, mas sugeriu alguém com quem ela podia conversar. Mandei-lhe um cheque com um pequeno valor e um bilhete, esperando, assim, poder ajudá-la um pouquinho. Ana nunca acusou o recebimento do cheque e nunca o descontou.

Enquanto levava aquele saldo pendente para um novo ano, tive uma ideia. Ana era uma excelente costureira. Eu a contrataria para fazer um pijama para nossa neta. “Você mesma pode fazer”, disse Ana. “Eu tenho um molde. Vamos juntas comprar o tecido.”

Na verdade, nós nos divertimos. Ela sabia, tanto quanto eu, que eu não tinha dinheiro para pagar seu serviço especializado, mas ela parecia feliz por estarmos vivendo aquela pequena aventura juntas.

– Achei que você e Ed estivessem zangados comigo – disse ela.

– A troco de quê? – A ideia me chocou.

– Porque pedi que ele me ajudasse a encontrar um emprego.

Garanti-lhe que o pedido nunca nos causara desgosto ou raiva. Então me arrisquei:

– Achei que você estivesse brava comigo por eu ter mandado um cheque, e que por causa disso você nunca o descontou.

Um sorriso lhe ondulou os lábios.

– Não descontei o cheque porque eu o emoldurei junto com o seu bilhete e o pendurei na parede! Ninguém, nunca, fez algo tão lindo por mim antes. Queria me lembrar disso todos os dias.

Abraçamo-nos e rimos tanto que nosso rosto ficou molhado de lágrimas. Nunca sabemos o que está na mente de outra pessoa nem o que Deus pode fazer com nossa vida, nossas palavras ou atos. Mas sabemos que aquilo que fazemos por amor a Ele abençoará alguém, de alguma forma.

Lois Rittenhouse Pecce



16 de junho quinta


Você Tem um Visto Válido?


Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras [no sangue do Cordeiro], para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas. Apocalipse 22:14

Eu estava no Consulado dos Estados Unidos na Cidade do Panamá. Sentei-me enquanto aguardava o visto. Observando o rosto ansioso e tenso de centenas de pessoas que formavam longas filas naquele escritório, minha atenção foi atraída particularmente àqueles que haviam recebido o visto. A fim de receber o visto para viajar do Panamá aos Estados Unidos, há certos requisitos que o candidato deve preencher. Sentada naquele escritório, refleti sobre as aplicações espirituais.

Somos todos viajantes na rodovia da vida, e um dia, pela fé, esperamos voar para o Céu com Jesus. Não num avião a jato de alguma empresa aérea, mas, segundo a Palavra de Deus, encontraremos o Senhor nos ares (1 Tessalonicenses 4:17). Você pode perguntar: “E o que acontecerá com os que morreram?” O verso 16 nos diz: “Porquanto o Senhor mesmo, dada a Sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro.”

Assim como na maioria dos países há certas regras básicas quanto à entrada em seu território, há certas exigências para entrar na cidade celestial de Deus. Nosso texto devocional indica um dos requisitos – podemos chamá-lo de visto celestial. Contudo, há uma notável diferença entre o reino de Deus e os países da Terra; não há preço monetário que nos garanta um visto para o país celeste. A Bíblia diz que não fomos resgatados “mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro [...] mas pelo precioso sangue [...] o sangue de Cristo” (1 Pedro 1:18, 19).

Sim, querida amiga, você não precisa de nenhum formulário, extrato bancário, comprovante de renda ou documento de garantia – somente fé no sacrifício de Jesus na cruz do Calvário, mantendo um relacionamento vivo com Jesus e guardando os mandamentos de Deus, porque o que Ele fez por nós abre os portais do Céu.

Querido Pai celestial, agradeço o Teu incomparável amor por nós, Teus filhos e filhas, e o sacrifício do Teu querido Filho, que torna possível a entrada no Teu reino. Muito obrigada pela promessa de levar-nos contigo um dia. Amém!

Olga Corbin de Lindo




17 de junho sexta


Os Últimos Serão os Primeiros


Os últimos serão primeiros, e os primeiros serão últimos [porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos]. Mateus 20:16

Quando cheguei ao Aeroporto O´Hare, de Chicago, a caminho da minha casa na Bélgica, orei para que pudesse embarcar sem problemas. Meu temor se tornou realidade quando anunciaram que o avião tinha problemas técnicos e teríamos que esperar outro. Enquanto eu pensava em minha chegada atrasada a Bruxelas, um segundo anúncio nos informou que a outra aeronave já estava em prontidão. Precisavam começar o procedimento de embarque sem demora. A única dificuldade era que o avião ainda precisava ser abastecido com as refeições, e os carrinhos contendo as bandejas precisavam ser levados da extremidade traseira do avião até a frente – o que tornava impossível que os passageiros da primeira classe e da classe executiva embarcassem primeiro. Assim, decidiram permitir que os passageiros da classe econômica entrassem primeiro, passassem direto para os fundos da aeronave pelo corredor direito, enquanto os carrinhos avançavam pelo outro corredor. Somente depois disso poderiam entrar os passageiros da primeira classe e da executiva.

Achei isso um tanto divertido. Aquelas pessoas que pagaram consideravelmente mais pelo bilhete haviam perdido o privilégio de embarcar no avião em primeiro lugar. Esse incidente me fez lembrar das palavras importantes no texto de hoje. Essa foi a conclusão da parábola do proprietário que contratou trabalhadores para sua vinha. Ele deu a mesma quantia de dinheiro a todos, não importando se houvessem trabalhado apenas uma hora ou o dia inteiro.

Quando eu era mais jovem, tive problemas para entender essa parábola. Achava muito injusto que todos recebessem a mesma recompensa por mais ou por menos quantidade de trabalho. Seríamos, às vezes, como cristãos de “primeira classe”, que se consideram com direito garantido ao reino de Deus? Pensamos que o merecemos porque trabalhamos e vivemos para o Senhor já por tanto tempo? Que dizer daqueles cristãos de “segunda classe”, que se converteram posteriormente e não tiveram tanto tempo para servir ao Senhor e conquistar almas para o Mestre?

Sejamos agradecidas hoje pela graça do Senhor, e pelo fato de que Sua justiça nunca falha!

Daniela Weichhold



18 de junho sábado


Visitas de Improviso


Espero ir ter convosco, e conversaremos de viva voz, para que a nossa alegria seja completa. 2 João 12

Aquelas foram nossas últimas férias em família com os filhos adolescentes. Concluímos que, com a aproximação da idade adulta, seriam poucas as chances de que nós quatro passássemos as férias juntos. Nosso roteiro nos levou pela parte norte de Ontário, atravessando Manitoba e entrando em Alberta, onde planejávamos passar alguns dias visitando amigos. Depois de Alberta, atravessamos a fronteira para os Estados Unidos, e foi aí que minha geografia falhou. Desisti de todos os meus direitos a voto, e entreguei ao meu esposo, Leon, pleno controle para traçar nosso percurso pelo mapa. Para minha surpresa, acabamos em Wisconsin. Estávamos a caminho de visitar “vovó” Byrka. Nós nos havíamos conhecido quando meu esposo era estudante universitário. À medida que nossa família crescia, o mesmo aconteceu com nossa amizade.

Leon sabia que minha tendência à formalidade não me permitiria consentir com essa visita de improviso, e por isso não disse nada até que estivéssemos quase chegando ao lar de repouso. Quando vi que vovó havia perdido seu senso de independência, fiquei com vergonha dos meus protestos anteriores, por débeis que tivessem sido. Ela ficou felicíssima por nos ver e absolutamente espantada com o crescimento dos garotos. Já expressei repetidas vezes meu agradecimento a Leon, especialmente porque vovó faleceu pouco tempo depois, com 97 anos de idade.

Passamos por uma experiência semelhante no verão de 2003, quando, na viagem de volta de Quebec, nosso carro se desviou de repente para visitar outra amiga idosa e debilitada. Vie tinha sido uma mulher forte. Ela e o esposo, Charlie, possuíam uma linda propriedade rural. Agora que Charlie falecera e Vie se encontrava sozinha e com saúde frágil, sua casa e propriedade não mais eram a obra de arte que já haviam sido. Partiu meu coração vê-la nesse estado. Continuamos a conversar com ela por telefone.

Depois de duas semanas sem contato, Leon foi informado de que Vie havia falecido.

Ajuda-me, querido Senhor, a tomar tempo para conversar hoje com alguma pessoa solitária e sofredora.

Avis Mae Rodney



19 de junho domingo


Não Guardarás Rancor


Não te vingarás, nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor. Levítico 19:18

“Vou para casa em minhas férias”, disse Marge a sua vizinha no escritório. Marge ocupava a terceira mesa à minha frente. Essa mulher sentia antipatia para comigo, desde que eu começara a trabalhar no Times de Los Angeles, em 1974. Nunca falara comigo sem usar ironia nas palavras.

Tentando ser amiga a despeito da atitude dela, perguntei:

– Onde fica a sua casa?

Ela respondeu sem olhar para ver quem havia falado: – Minnesota.

– Tenho familiares em Minnesota.

– Mesmo? Onde? – perguntou Marge, olhando por sobre o ombro para tentar identificar quem havia falado.

– Uma cidadezinha da qual ninguém ouviu falar: Swanville.

Marge caiu literalmente da cadeira, de tanta surpresa. Enquanto se levantava, disse: – Essa é a minha cidade natal! Quem são os seus familiares?

Quando respondi: – Meu avô é Herman Ganz – o rosto dela registrou o choque, enquanto ela dizia: – Herman Ganz é o melhor amigo do meu pai! Meu irmão foi à escola com o filho dele, Buddy, e eu era colega de classe de Ralph!

– Buddy e Ralph são meus tios – disse-lhe eu.

A mudança em Marge depois daquele dia foi notória. Ela nunca mais falou comigo de modo cortante, não fechava a cara nem me evitava. Toda vez que tínhamos a oportunidade de trabalhar juntas, ela, de modo simpático, perguntava por notícias da minha família.

Eu não havia feito nada de errado para que Marge se voltasse contra mim, nem permiti que sua atitude maldosa afetasse meu modo de tratá-la. Agora, ela passou a tratar-me como se eu fosse um membro querido de sua família.

Abrigar má vontade para com os outros, com ou sem razão, não é atitude cristã. Jesus perdoou aqueles que pregaram cravos em Suas mãos e pés. Somos todos filhos de Adão e Eva. Somos uma família. Somos os primeiros beneficiados quando tratamos uns aos outros – independentemente de diferenças étnicas, políticas ou religiosas – como se fossem membros amados da nossa família.

Darlenejoan Mc Kibbin Rhine




20 de junho segunda


Meus Pais


Rendam graças ao Senhor por Sua bondade. Salmo 107:8

Álvaro e Máxima tinham vinte e poucos anos quando se conheceram; ambos eram cristãos fazia pouco tempo, e estavam aprendendo a praticar um estilo de vida melhor e esperando ajudar outros, servindo ao Senhor. Ansiosos por aprender, eram estudantes diligentes. Quando Álvaro completou os estudos, os missionários lá nas Filipinas o consideraram pronto para ir e pregar o evangelho. Máxima aperfeiçoou suas habilidades musicais para poder tocar o órgão de pedal e substituir a instrutora bíblica. Foram colocados juntos para dirigir esforços evangelísticos. À medida que seu amor para com o Senhor e a obra crescia, o mesmo acontecia com sua admiração mútua; e, buscando a orientação de Deus, decidiram formar uma dupla para a vida toda.

No dia 29 de maio de 1922, numa cerimônia matrimonial simples, foram declarados marido e mulher. Foi assim que se tornaram meus pais (Pa e Ma, para os filhos). Ma trabalhou com a equipe evangelística até nascer seu primeiro filho, quando ela decidiu ficar em casa. Pa continuou pregando, fazendo de sua família imediata a prioridade. Como disciplinador, acreditava que “poupar a vara é mimar a criança”. Ma era visionária, bondosa e amorosa, e, como Pa, lia bastante. Essas influências paternas estão entre as muitas pelas quais agradeço ao Senhor diariamente, e sua vida de oração foi o laço mais forte que manteve unida a família.

Cedo, cada manhã, cantando “Desponta o Sol”, Pa reunia a família para o culto. Sempre mencionava cada filho em sua oração de encerramento. Antes da hora de dormir, Pa cantava um hino para reunir a família.

Após o culto vespertino, as crianças mais novas se esparramavam pelo chão em volta de Pa para ouvir as histórias de Daniel e seus companheiros, José, Moisés e do nascimento de Jesus. Às vezes, esperávamos o restante da história, só para descobrir que Pa tinha caído no sono! Acordado, ele continuava a partir de onde havia parado. Quando ele contava a história de José sendo vendido e, chorando, olhando para as tendas onde seu pai vivia, prometendo amar o Senhor assim como seu pai o amava, nós soluçávamos junto com José.

Obrigada, Senhor, por nos haver dado o amor de Pa e Ma. Como família, aguardamos o privilégio de prestar culto a Jesus na Terra renovada. Hoje, por favor, abençoa todas as mães e os pais na missão de guiar os filhos a Ti.

Consuelo Roda Jackson



21 de junho terça


Por que Choras?


Perguntou-lhe Jesus: Mulher, por que choras? João 20:15

A data fora marcada para minha internação no hospital, a fim de receber um transplante de célula-tronco, para ajudar no combate ao meu câncer. Precisei fazer uma última visita à médica otorrino que estava monitorando uma infecção em meu ouvido. “Decididamente, não aconselho a realização do transplante nesta ocasião. Seus ouvidos ainda estão muito infeccionados.” Não era a notícia que eu queria ouvir.

Quando voltei ao hospital do câncer com essa notícia e falei com meu médico, comecei a chorar. Eu esperava tanto que eles pudessem começar o procedimento. Queria tanto ficar boa! Já me havia submetido a todos os exames preparatórios, mas não, não devia acontecer – pelo menos não naquele momento. O inglês não era a língua materna do meu médico, e às vezes eu tinha dificuldade para entendê-lo. Mas ele disse muito claramente: “Mulher, por que choras?” Olhei para ele, para ver se ele havia percebido que acabara de dizer palavras tiradas diretamente da Bíblia, palavras que eu reconhecia. Percebendo ou não, ele me garantiu que o procedimento aconteceria – eu só precisava esperar.

Na manhã seguinte, senti-me encorajada por este salmo: “Espere no Senhor. Seja forte! Coragem! Espere no Senhor” (Salmo 27:14, NVI). E comecei a pensar naquilo que o médico me dissera – por que eu estava chorando? Os anjos, primeiramente, disseram essas palavras a Maria quando ela foi ao sepulcro procurar o corpo do seu Senhor. Ela não percebeu que Jesus estava justamente ao seu lado. Não reconheceu Jesus, nem quando Ele disse essas mesmas palavras a ela. Por que também eu demorava tanto para reconhecer Jesus bem ao meu lado?

Eu havia reclamado as promessas. O pastor me havia ungido. Eu sabia que pessoas ao redor do mundo estavam orando por mim. Eu recebera cartões animadores de tantos amigos e até de pessoas que nem conhecia. Era o momento de ter bom ânimo, de saber que minha vida estava nas mãos do meu consolador e redentor, Jesus. E, ainda assim, quando meu tratamento foi adiado (não cancelado), perdi o ânimo.

Que cada uma de nós, hoje, saiba que Jesus está justamente ao nosso lado, pronto para trazer conforto e ânimo, pronto para ouvir tudo o que temos a dizer, pronto para carregar nossos fardos. Quando você se sentir sobrecarregada por alguma coisa na vida, pergunte-se: “Mulher, por que choras?”

Carol Nicks



22 de junho quarta


O Sorriso Hesitante


E se saudarem apenas os seus irmãos, o que estarão fazendo de mais? Até os pagãos fazem isso! Mateus 5:47, NVI

Em Buenos Aires, Argentina, viajamos frequentemente de trem – é a maneira mais rápida de chegar a algum lugar. Certa noite, eu queria chegar logo à casa da minha filha, para poder ver minha netinha. Eu estava sozinha. Uma, duas, três estações passaram. Pessoas desembarcavam e pessoas embarcavam. Comecei a prestar atenção aos passageiros. Alguns estavam muito bem-vestidos, enquanto outros se vestiam de maneira mais casual. Meus olhos se deleitaram em olhar para as diferentes cores e combinações de roupa, sapatos, bolsas e acessórios bem escolhidos.

De repente, meus olhos se detiveram num carrinho onde estava um bebê de uns 15 meses. Suas perninhas chutavam, as mãos incansáveis buscavam agarrar qualquer coisa que estivesse ao seu alcance. Levantei os olhos para o rosto do bebê, e no instante em que ia sorrir e acenar para ele à distância, vi um calombo estranho em sua testa. Alguma excrescência anormal havia “arruinado” sua beleza.
Fingi estar distraída, mas, com o canto do olho, pude observá-lo. O pequeno esperava, como se quisesse ver se eu “brincaria” com ele. Naquele momento o trem chegou à estação seguinte, e perdi de vista a mãe e a criança no meio da multidão na plataforma.

O trem continuou sua viagem, mas minha mente estava inquieta; uma sensação confusa me dominou. Por que eu reagira daquela maneira? Por que não sorri para o menininho com a protuberância na testa? Concluí que, diante de algo incomum, tentamos ficar indiferentes.

Você já se viu sorrindo para um gracioso bebê? Mas quantas vezes sorriu para uma idosa, vestida com roupas velhas, para um homem a quem falta um braço, um bebê com traços não atraentes, à mãe com uma grande cicatriz na face?

Não deixe de sorrir para os que são diferentes. Não seja covarde, evitando o olhar deles como se não existissem. Muitos se confinaram em apático isolamento. Derrube esse muro! Sorria para alguém que não tem uma aparência atraente e dê-lhe a dádiva de sua aceitação. Não hesite. Talvez seu sorriso seja o único presente que receberão depois de muito tempo. Sorrir é um ato de bondade do qual você nunca se envergonhará.

Susana Schulz



23 de junho quinta


Aprendendo a Confiar em Deus


Tragam o dízimo todo ao depósito do templo, para que haja alimento em Minha casa. Ponham-Me à prova, diz o Senhor dos Exércitos, e vejam se não vou abrir as comportas dos céus e derramar sobre vocês tantas bênçãos que nem terão onde guardá-las. Malaquias 3:10, NVI

Durante o verão de 2001, decidi participar do Desafio Jovem de Oregon, um ministério que envolve a venda de livros. Tive muitas experiências maravilhosas; contudo, a mais impressionante começou na quinta semana de vendas, apenas três semanas antes do encerramento do programa. Além do fato de que minhas vendas começavam a cair drasticamente, eu estava sendo incapaz de encontrar maneiras de falar aos outros sobre Jesus. Independentemente de quanto eu orasse, parecia que Deus não me ouvia os apelos. Dia após dia, eu rogava a Deus que me mostrasse o que estava errado em minha vida; mesmo assim, nada parecia acontecer, até a manhã de quinta-feira da sétima semana.

Quando estudei a Bíblia para a lição que daria naquela tarde, encontrei Gênesis 3:3: “Não comam do fruto da árvore [...] nem toquem nele; do contrário vocês morrerão” (NVI). A lição era sobre o dízimo, e naquele momento percebi meu pecado – eu estava tocando a árvore. Durante os dois meses anteriores, eu não havia devolvido o dízimo. Por razões que julgava justas, eu decidira devolver o dízimo do verão no fim do programa. Todavia, estava usando o dinheiro que não era meu; pertencia ao Senhor. Após reconhecer meu pecado, decidi que na segunda-feira seguinte, quando recebesse o pagamento, eu separaria 100 dólares para pagar todo o dízimo.

A segunda-feira chegou e descontei meu cheque por volta das 17 horas. Tão logo recebi o dinheiro, separei o dízimo. Voltei ao trabalho, e menos de 30 minutos depois me encontrei com uma moça que se interessou realmente pela mensagem dos meus livros. Depois de conversar um pouco, ela decidiu comprar cinco livros. Deixei a casa dela sem fala.

No fim daquele dia, eu havia vendido 10 livros. No dia seguinte, vendi 14. Em dois dias, vendi mais livros do que durante qualquer outra semana completa.

Deus me ensinou a realmente confiar nEle e, mais do que nunca, as palavras do texto de hoje se tornaram reais em minha vida. O que elas dizem a você?

Alessandra Cholet Moreira



24 de junho sexta


Desejo-lhe Paz e Alegria


Porque sou Eu que conheço os planos que tenho para vocês, diz o Senhor, planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro. Jeremias 29:11, NVI

Durante boa parte da minha vida, senti-me infeliz e era uma pessoa muito desagradável para se conviver. Amigos que me conheceram naquela época me dizem agora: “Como você mudou!”

Às vezes nós, cristãos, cremos que tudo de que uma pessoa precisa é mais estudo da Bíblia e oração para superar o sofrimento e a confusão emocional. Mas a religião me levou a mais uma prática. Deus respondeu ao meu apelo por socorro encaminhando-me ao aconselhamento, durante o qual conheci os Doze Passos da Recuperação. O primeiro passo era admitir que sou impotente com relação a pessoas, lugares e coisas. Essa foi uma revelação para mim. Eu julgava acreditar que Deus está no controle, mas agia como se eu estivesse no controle. Precisava aceditar que um Poder maior do que eu mesma poderia restaurar-me. Precisava entregar minha vontade e vida aos cuidados desse Deus. Então, quando eu não mais estava tão defensiva, me senti livre para olhar honestamente para mim mesma.

Uma vez tendo posto esse exame por escrito, admiti perante Deus, perante mim mesma e minha conselheira o escopo e o grau exato desses erros. Eu estava pronta para permitir que Deus removesse meus defeitos de caráter.

Pedi que Deus me fizesse lembrar das pessoas a quem eu prejudicara, e Lhe pedi que me desse a disposição de acertar as coisas. A recuperação me ensinou que, até que isso acontecesse, eu não estava pronta para acertar nada. Uma vez tendo entendido quão bom é sentir essa liberdade de consciência, desejei permanecer alerta para que, ao cair de volta nos caminhos antigos, pudesse corrigi-los imediatamente. Agora, minha oração e meditação se tornariam eficientes ao melhorar meu contato consciente com Deus. Ele deixava claro qual era Sua vontade para mim e eu permitia que Ele me capacitasse a fazer Sua vontade. Trabalhar com esses passos num grupo de apoio torna o processo mais fácil, e o progresso, inacreditável.

Desejo a você a vida de alegria e paz que encontrei nesses passos aos quais Jesus me conduziu.

Lana Fletcher



25 de junho sábado


Viver Pela Fé


Eu lhes digo: Não se preocupem com sua própria vida, quanto ao que comer ou beber; nem com seu próprio corpo, quanto ao que vestir. Não é a vida mais importante que a comida, e o corpo mais importante que a roupa? Mateus 6:25, NVI

Após muitas tentativas frustradas de conservar meu casamento, decidi separar-me do meu esposo. Do dia da separação em diante, comecei a experimentar todas as promessas de Deus em minha vida. Lembro-me bem de algo que aconteceu numa sexta-feira, uns oito meses após a separação.

Nas tardes de sexta-feira, eu tinha o hábito de ler um livro devocional na hora do pôr do sol. Nesse dia, em especial, eu me sentia cansada, triste e aflita. Quando voltei para casa após a reunião do pequeno grupo do qual participávamos todas as sextas-feiras, eu não sabia o que dar aos meus filhos no desjejum do sábado. Fui para a cama sem ler o livro devocional. Como não conseguia dormir, e depois de muitas horas me virando e revirando na cama, decidi levantar-me e ouvir a voz do Espírito Santo. A voz parecia dizer-me que lesse o livro devocional, especialmente a mensagem para aquele dia. Enquanto lia, foi muito confortador encontrar o Salmo 23:1 e 4, que diz: “O Senhor é o meu pastor; de nada terei falta. [...] Não temerei perigo algum, pois Tu estás comigo; a Tua vara e o Teu cajado me protegem” (NVI). Para confirmar a guia de Deus em minha vida, também li Mateus 6:25: “Não se preocupem.”

Caí logo no sono, com o coração em paz. No sábado, levantamo-nos para ir à igreja, sem o desjejum. Mas logo ouvi a voz da minha irmã, que é minha vizinha, pedindo que eu fosse à cerca para receber um pão de trigo integral que ela havia assado para mim. O problema do alimento estava resolvido. Após o culto, minha amiga Gislene, líder do nosso pequeno grupo, entregou-me um envelope que continha aproximadamente R$ 75,00 que o grupo havia coletado naquela sexta-feira, após a reunião. Esse valor foi útil para comprar produtos no mercado.

Apesar das circunstâncias desfavoráveis e da angústia que por vezes experimentamos, Deus está no controle da nossa vida. Devemos colocar todos os nossos fardos e cuidados nas mãos do Senhor e descansar nEle. Verdadeiramente, posso dizer: Muito obrigada, Senhor, por suprir sempre as minhas necessidades!

Rosângela Ferreira Nery



26 de junho domingo


Meu Desejado Presente


Então, Me invocareis, passareis a orar a Mim, e Eu vos ouvirei. Jeremias 29:12

Como gerente de uma emissora cristã de rádio, meu esposo está constantemente atento a novidades em equipamento eletrônico. Enquanto visitava minha mãe e irmã, decidi comprar algo que ele realmente queria adquirir. Havia um item específico que ele vinha olhando, mas se abstinha de comprar porque estava esperando que a tecnologia se “depurasse”. Demorei um pouco para fazer a encomenda, enquanto conferia para saber se agora ele ficaria satisfeito com o desempenho do aparelho. Quando tive certeza de que era o que ele queria, fiz a encomenda pela internet. Quando chegou a confirmação, vi que a entrega estava programada para o dia seguinte ao da minha partida.

Fiquei frustrada. Contei à minha mãe sobre meus apuros, e ela também ficou desapontada porque sabia o que aquilo significava para nós dois – para mim, conseguir o aparelho; para ele, usá-lo na obra do Senhor. Depois de discutir a situação, decidimos torná-la objeto de oração. Todos os dias, eu acompanhava online a trajetória do pacote. Por alguns dias, parecia que o pacote havia estacionado. Depois, o furacão Dean ameaçou frustrar qualquer outro movimento – Dean mudou de rumo!

Em meu último dia, pensei o tempo todo no presente do meu esposo que ainda não havia chegado. Tive uma conversa com Deus, mencionando meu pedido para que a entrega fosse feita em tempo, de modo que eu pudesse levar o presente ao meu marido. O tempo parecia voar.

Minha sobrinha de 5 anos, que sempre ouve a campainha da porta, estava informada de que a tia esperava um pacote muito importante que viria pela transportadora, e ela deveria ficar atenta ao caminhão de entregas. Foi o que ela fez, mantendo-nos a par com atualizações constantes. Às 18 horas, ela me informou: “Titia, não vi nenhum caminhão, mas ainda temos tempo.” Ela nos ouvira comentando que o horário de entregas se encerrava às 19 horas.

Lá pelas 18h30 minha fé vacilava, mas às 18h38 minha sobrinha pulou e gritou: “Tem alguém na porta! Tem alguém na porta, e eu acho que é do caminhão da transportadora.” Era – com alguns minutos de folga.

Uma vez mais, Deus provava que continua no controle. Ele conhece nossos desejos mais profundos e ouve nossas súplicas sinceras.

Brenda Ottley




27 de junho segunda


Ouvindo Sua Voz


Quando te desviares para a direita e quando te desviares para a esquerda, os teus ouvidos ouvirão atrás de ti uma palavra, dizendo: Este é o caminho, andai por ele. Isaías 30:21

Retornávamos do campo missionário para casa, após uma série de providências que conduziram à nossa mudança para Loveland, Colorado. Certa manhã, enquanto ainda estávamos morando em Penang, Malásia, recapitulei os eventos pelos quais o Senhor providenciara um emprego, uma casa e um carro em Loveland, tudo no período de uma semana. Em Penang, Ele também orquestrara a época em que expiraria a locação da casa, bem como os vistos e licenças de trabalho, para que coincidissem com a época da nossa partida. Refletindo sobre esses eventos, orei: Puxa, Senhor! És muito mais capaz de administrar os detalhes da minha vida do que eu mesma. Por favor, toma conta deste dia. Fui, então, à feira da manhã, para comprar alguns produtos.

Ao sair do mercado, notei uma cachorrinha magrela, obviamente faminta, cheirando insistentemente minha sacola. Fui impressionada a comprar algum alimento para ela. Embora me sentisse penalizada com sua situação, eu também tinha muita coisa para fazer. Lamento dizer que resolvi ir para casa.

Embora tivesse acabado de comprar uma bateria nova para o carro na semana anterior, o automóvel não dava partida, mesmo depois de várias tentativas. Eu não sabia de nada que pudesse fazer, de modo que me sentei para refletir sobre a situação. Agora tenho bastante tempo para comprar comida para a cachorrinha, pensei. Acho melhor agir de acordo com essa impressão. Quando voltei com o alimento, também encontrei dois filhotinhos com ela, e todos comeram vorazmente.

Tive, então, o impulso de tentar ligar o carro de novo e, para minha surpresa, o motor roncou imediatamente. Quão mais fácil teria sido se eu simplesmente tivesse obedecido à impressão inicial!

Sinto-me agradecida porque Deus nos ama e é paciente conosco. Estou aprendendo gradualmente que Ele tem interesse em cada detalhe da nossa vida. Ele procura treinar-nos para ouvir Sua voz e seguir-Lhe as orientações. Quando Lhe dermos essa permissão, Ele reorganizará nossas prioridades, é certo; mas, embora isso cause inconvenientes temporários, também trará bênçãos inesperadas, à medida que o Deus do Céu torna conhecida a Sua presença – às vezes de maneiras surpreendentes.

Teresa Proctor Hebard



28 de junho terça


Pelo Vale


Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque Tu estás comigo; o Teu bordão e o Teu cajado me consolam. Salmo 23:4

É sempre difícil andar pelo vale quando a sombra da morte nos espreita. Começamos essa caminhada com o diagnóstico médico: falência dos rins, câncer, problema cardíaco. Os nomes podem variar, mas a lenta caminhada por esse temido vale raramente varia. E, enquanto andamos, as montanhas nos parecem ameaçadoras: Que acontecerá com meus filhos? Como pagar essa conta médica astronômica? Por quanto tempo vou suportar esta dor? Algum dia vou deixar este leito de hospital? Cada montanha parece mais alta e ameaçadora, enquanto trememos à sua sombra.

Com frequência, aproximamo-nos do vale não por nossa própria enfermidade, mas por um pai com a doença de Alzheimer, uma filha com câncer de mama, uma irmã com leucemia ou um esposo com câncer da próstata. Visitamos um quarto de hospital onde entes queridos sofrem dor, desejando tomar o lugar deles. Os bipes emitidos pelas máquinas que salvam vidas nos assustam. Os exames invasivos nos amedrontam, e há tratamentos que aterrorizam até os mais corajosos.

Mas, ao erguermos os olhos para Jesus, encontramos consolo: “Não temerei mal nenhum, porque Tu estás comigo.” E, como o confortante Sol da manhã, essa compreensão nos desperta. Em meio à dor, a despeito de montanhas de contas a pagar, preocupações quanto ao futuro, não tememos, porque confiamos nAquele companheiro que caminha ao nosso lado.

Não poderíamos desejar um companheiro mais experiente ao longo desse vale. Ele andou pelas ruas da Galileia com Jairo, cuja filha estava terminalmente enferma. Quando o desesperado pai foi até Ele, Jesus proferiu uma palavra e a menina reviveu, imediatamente. Ele tocou olhos cegos, e foram curados. Ele Se encontrou com os dez leprosos, e curou a todos. Em Betânia, Lázaro estivera morto por quatro dias, antes que Jesus chegasse, e Ele o despertou para a vida novamente. Diante dessas evidências, por que preocupar-nos? Por que deveria eu temer minha batalha pessoal ao longo desse vale escuro?

Você, minha amiga, pode estar ainda no vale da sombra da morte. Embora as montanhas se elevem ao seu redor, permita que o mundo a veja sorrir. Você não está fazendo essa caminhada sozinha. Você tem companhia. Seu Pastor está aí, ao seu lado.

Annette Walwyn Michael



29 de junho quarta


Maranata!


E eis que venho sem demora. Apocalipse 22:12

Numa manhã muito movimentada de sábado, eu corria para deixar tudo pronto. Haveria um batismo na igreja Maranata. Entre os candidatos ao batismo, estava um membro da minha família e, por isso, a celebração seria dupla.

Eu tinha oito convidados para levar para a igreja em um só carro. Era evidente que precisaria fazer pelo menos duas viagens. Além disso, precisava aprontar meu filho de 6 meses e depois buscar outros dois membros da familia numa região totalmente diferente de Bucareste. Já sob a pressão do tempo, havíamos preparado o almoço, finalizado os planos para o dia e feito os preparativos finais para sair.

Levou 50 minutos para buscar o primeiro grupo de convidados e deixá-los no local. Corri para buscar o segundo grupo. Ao aproximar-me da igreja com o segundo grupo, recebi um telefonema de alguém do primeiro grupo. “Venha depressa”, disse a pessoa, agitada. “O batismo vai começar e – esta não é a igreja Maranata!”

Então, percebi meu engano. Na confusão da manhã, eu os havia levado a outra igreja, localizada a uma distância considerável da igreja Maranata. Não poderia dar-me ao luxo de pensar muito, porque agora precisava atravessar duas vezes a cidade. Tudo acabou bem, por fim, e tivemos um agradável congraçamento juntos. Creio que os anjos daqueles que decidiram entregar-se a Deus também se regozijaram.

Em minha viagem espiritual, estou perdendo de vista o alvo, na desesperada corrida para dar conta da avalanche de atividades diárias? Ainda me visualizo, naquele sábado, arrastando após mim ramalhetes de flores, convidados, almoço, meu filho pequeno – mas para onde?
Para a direção errada! Bem, não necessariamente errada, porque podíamos ter desfrutado um belo culto em qualquer uma das 17 igrejas adventistas de Bucareste, mas não estaríamos no evento para o qual nos havíamos preparado.

Um outro evento, uma celebração do Universo inteiro, desafia-nos a estar prontas. É possível que, apesar de nossas boas intenções e febris preparativos, percamos de vista o verdadeiro objetivo – encontrar nosso Salvador? Maranata! Vem, Senhor!

Andreea Strâmbu-Dima




30 de junho quinta


Coração Agradecido


Deem graças ao Senhor, clamem pelo Seu nome, divulguem entre as nações o que Ele tem feito. Cantem para Ele, louvem-nO; contem todos os Seus atos maravilhosos. 1 Crônicas 16:8, 9, NVI

Algum tempo atrás, iniciei a corrida de minha rotina diária na escola, esperando concluir todos os trabalhos e relatórios do dia. Então, uma senhora idosa me pegou pelo braço, com os olhos brilhando, e me disse: “Como você está bonita com esse vestido!” Era a segunda vez que ela me elogiava. Eu lhe agradeci as palavras bondosas. Meu dia, a partir dali, correu muito bem.

O incidente ensinou-me a lição de ser boa e generosa com todos ao meu redor – dizer algumas palavrinhas sinceras a todos com quem nos encontramos pelo caminho da vida diária.

Nossa vida pode ser comparada a um varal comum, onde problemas e acontecimentos variados estão pendurados numa colorida sequência. Muitas pessoas estão representadas nesse varal. Têm a alma desalentada e estão insatisfeitas com o mundo. Tantas pessoas tristes vivem uma vida vulnerável. Não temos condições de medir suas mágoas nem seus pensamentos. Mas uma coisa é certa: elas anseiam por palavras bondosas que lhes aliviem o fardo. A vida pode ser maravilhosa e significativa se a enfrentamos com coragem, fé, esperança e ânimo, e nos esforçamos para partilhar pensamentos positivos com os que nos rodeiam.

O vestido que usei naquele dia era um vestido velho, feito com tecido barato, mas eu gostava dele. Dali em diante, toda vez que eu o vestia, vinha à lembrança a amiga que me elogiara. Seus sorrisos, palavras bondosas e animação significaram muito.

Dali em diante, esforcei-me bastante para encontrar maneiras de tornar os outros mais felizes – não só mulheres, mas casais e crianças, igualmente. São todos dignos de experimentar o mesmo entusiasmo que senti.

O apreço pelas coisas boas ao nosso redor deve estimular-nos a respingar a luz do Sol na vida dos demais. Podemos ser uma bênção aos outros, manifestando gratidão pelas coisas pequeninas da vida. A bondade e as surpresas de Deus estão sempre por aí. Aceite o desafio! Compartilhe seu coração e seja agradecida!

Leah A. Salloman

Nenhum comentário:

Postar um comentário